Há muitos pontos que quero falar nesta minha primeira resenha mas selecionei, infelizmente, alguns. Primeiramente quero destacar o genuíno que criou a obra, Ariano Suassuna com sua brilhante criatividade, com um bom humor, crítica e um toque de crença religiosa popular, deixou o livro com um toque de único. Nem me lembro de quantas vezes dei gargalhadas lendo o livro, no terceiro ato da peça escrita no livro o sarcasmo me tirou muitos sorrisos, e os demais atos mostraram-me uma critica nítida, da tirania e cobiça do homem e o que fazem com os demais para conseguir dinheiro e poder.
O livro descreve uma peça criada em 1960 dividida em três atos, A inconveniência de ter coragem , o caso do novilho furtado e o auto da virtude e a da esperança. Os personagens alguns criados, outros inspirados da outro toque de unicidade. Um dos toques principais de Suassuna é o cenário familiar, pelo menos para mim, me faz lembrar da minha infância e das minhas desventuras, local de mandacaru, terra rachada, botecos, uma praça na frente da igreja e em datas comemorativas alguns parques. Nada deixou a desejar em mais uma obra do grande Suassuna.
O que me deixa triste é ver que a literatura de hoje não está voltada para o que antes era o Nordeste, nem mesmo o hoje do Nordeste. Mesmo que as casas de taipa, a seca, o gado magro, bom humor, os botecos, os cabarés sirvam para alguns poetas, não serve mais para recentes escritores, está é a verdade, porém gostaria de ver uma boa obra como a de Ariano Suassuna algum dia.
Por: Ricardo Correia
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